terça-feira, 30 de setembro de 2008

O problema do Sol é o ozônio.
O problema do dinheiro é a ganancia.
O problema de São Lourenço é a água.
O problema dos números é a lógica.
O problema dos outros é o que eu vejo.
O problema da natureza é a perfeição.
O problema das lésbicas são as meninas;
e o problema das meninas são os meninos.
O problema da droga é a censura.
O problema da teoria é a prática.
O problema da família é o convívio.
O problema das amizades são os amigos;
e o problema dos amigos sou eu.
O problema do frio é o chocolate.
O problema do vício é o preconceito;
e o problema do preconceito somos nós.
O problema do pai é o filho.
O problema do bebado é o equilibrista.
O problema do sujo é o nojo.
O problema da água é o Hidrogênio;
aliás, o problema de qualquer coisa é o Hidrogênio.
O problema do homem é a máquina.
O problema do naufrágio é o oceano.
O problema do boi é o hamburguer.
O problema da arte é o museu.
O problema do texto é a pausa.
O problema da caneta é a tinta.
O problema dos dedos é a mão.
O problema do bicho é o grilo.
O problema do verde é o cinza.
O problema dos verbos é conjugar.
O problema dos namorados é amar.
O problema do pecado é o puro.
O problema do prazer é o pudor.
O meu problema é ser,
e o seu problema é você.
Beatriz Cuerci

[ por Mari ]

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Um desses casos...





Mais um dia que eu me sinto exausto. Ah... São seis da tarde, entro no Café de sempre, como de costume. Corriqueiramente, pessoas bebendo café, lendo jornais e comendo algumas coisinhas como biscoitos, bolinhos, pãezinhos. As garçonetes vestidas em seus uniformes brancos e vermelhos andam de mesa em mesa. E todos conversam. Muitos assuntos. Tantos assuntos. Tantos assuntos que me deixariam tonto. Na rua faz um barulhão, típico de hora do rush, mas dentro do café está tocando The Doors, e sim, é uma de minhas preferidas... "So, when the music's over... when the music's over... turn out the lights yeah..." Dou meu último suspiro de observação e abro o lap top. Percebo uma das mocinhas de uniforme branco e vermelho parando ao meu lado.

- Vai querer o que hoje? - ela me diz, bem familiar. É a Rita, a gente já se conhece há um tempão, desde antes dela vir trabalhar nesse Café.

- Ah, trás o de sempre. Acho que hoje não vou demorar...

Abro a pasta que contém os projetos em que trabalhei durante o dia. Vejo uma outra pasta estranha dentro dessa pasta. Que será isso? E abro-a. Fotos e mais fotos, registros de conversas do msn, textos de amor, músicas, tudo dela... a Ana. Faz três anos que eu sou apaixonado pela Ana. Tudo começou numa reuniãozinha de fim de ano na casa de um amigo que temos em comum. A gente se conheceu, bebeu um pouco e transou, de primeira, e eu me apaixonei. Que homem burro que eu sou! Fui me apaixonar pela única mulher no mundo que eu não podia me apaixonar. Nós já namoramos, já separamos, já pensamos em nos casar, já ficamos muito tempo sem se falar. Agora estamos separados, mas nos falamos quase todos os dias. Somos amigos, né. A Ana é o tipo de mulher-deusa, sabe? Toda linda, mulherão, gentil, bem educada, encantadora, inteligente, a perdição de qualquer homem. Sempre tenho raiva de mim por ter me apaixonado por essa mulher. Ela é demais para mim... Rita está chegando com o meu café, fecho rapidamente a "pasta da Ana".

- Por que você não prova o novo sabor de muffin?

- Hoje eu não tô com fome, Rita. Só uns biscoitinhos tá legal...

- Tô te achando abatido, desde que você entrou por aquela porta. Que tá acontecendo?

- Não é nada. Deve ser cansaço... Bom, logo passa... Hoje já é sexta-feira mesmo, né?

- Graças a Deus. Que você vai fazer amanhã?

- O Jorge tinha me chamado pra jogar uma pelada, mas acho que não vou. Vi na previsão do tempo que vai chover e tô sem vontade de jogar bola também.

- Hum... espera um pouco que eu já volto, tem cliente chamando...

A Rita é linda. Não é alta, loirinha, cabelo liso assim, nos ombros, magrinha e bem definida... linda. Gosto muito de conversar com ela. Às vezes ela aparece lá em casa com umas comidas diferentes que ela inventou, ou que ela achou no supermercado, porque ela mora a uns dois quarterões da minha casa. Somos bons amigos. Às vezes eu acho que ela dá em cima de mim, mas enfim, eu também às vezes dou em cima dela, estamos quites. Olha só ela voltando... Anda leve, parece uma bonequinha. Mas quem conhece a Rita sabe que ela não é bonequinha, nem um pouco. É dessas mulheres que trabalha no que precisar, que se mete no que tiver que se meter, que fala palavrão, bebe horrores muito mais que muito homem e tá aí, se sustentando sozinha.

- Que você vai fazer hoje à noite?

- Nada especial. Vou passar no supermercado agora, comprar alguma coisa pra comer, um vinho e vou pra casa. Espero que passe algum filme bom hoje na TV.

- Ah, vamos comer um macarrãozinho, então? A gente passa no supermercado junto, você compra o vinho e eu faço o macarrão... Pode ser?

- Tudo bem. Que horas você sai?

- Daqui a pouquinho, daqui a uns dez minutos. Tô só esperando a menina que me substitui chegar.

- Tudo bem...

Dez minutos. Quinze. Vinte. Finalmente a tal 'substituta' chegou.

- Vamos? - ela parou ao lado de minha mesa.

- Vamos.

E entramos no carro...

- Vai, me conta. Por que você tá tristinho?

- Já te disse que não tô triste. Deve ser cansaço...

- Hãm, sei... Isso tá me parecendo problema com mulher... acertei?

Olhei para ela e fiz uma careta, ela riu.

- Você é muito bobo, já te disse pra correr atrás dessa mulher que você tanto gosta...

Continuei calado, mas ela pareceu não se importar e continuou falando...

- Ela tem outro? Te trocou? Achou você ruim de cama? Que foi, ein? Você é um cara tão legal, não entendo por que ela não te quer. Deve ser muito poderosa, mesmo.

Resolvi me manifestar...

- Ela é...

- Não tô dizendo? São essas mulheres deusas... Ai, como eu odeio todas elas! Vivem roubando nossos homens! Meu último namorado me largou por causa de uma tal de Lucinha que era amiga de infância dele que ele encontrou recentemente, viu que ela tava lindona e descobriu que sempre foi apaixonado por ela. Ai, que raiva, não quero nem lembrar!

- Hahaha... Você conheceu ela pessoalmente?

- Não, e nem quero! Se conhecesse era capaz de voar em cima dela e cobrir ela de porrada!

- Hahaha... A sua cara fazer isso!

Paramos no supermercado, compramos o que tínhamos de comprar e, não demorou muito, chegamos na minha casa. Rita já chegou tomando conta da minha cozinha, pegando panelas, pratos, talheres. Eu fiquei arrumando a mesa. Não demorou muito pra o macarrão ficar pronto.

A Rita cozinha muito bem. Aprendeu a se virar sozinha e se deu muito bem com essa vida 'independente'. A gente comeu, conversou, riu e bebeu, bebeu muito. Ficamos bêbados.Era o que bastava. Fomos parar na cama. Depois do jantar, os dois sentados no sofá conversando e vendo filme... começaram uns abraços, um beijos, uns beijos mais quentes... enfim, transamos.

Agora são oito horas da manhã e só eu estou acordado. Está chovendo, o céu está branco, branco. Tem uma loira na minha cama, que é linda por sinal. Mas eu não queria que fosse ela que estivesse ali deitada. Infelizmente, não queria.

[ por Mari Araujo ]

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Primeira pedra da bacia

Esse é o primeiro post dos muitos que ainda virão J

Eu ‘’Rafael’’ e minha amiga deusa ‘’Mari’’ vamos filosofar, criar, ctrl+v e por ai vai.

Aguardem na linha, entraremos em contato.

Ass:Batman quer dizer Rafael :D